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CNI lança Institutos Senai de Inovação (ISI)

 Notícias publicadas pela Agência Gestão CTI em 18/09/2013

CNI aposta em Institutos de Inovação para promover revolução.

ESCRITO POR FELIPE LINHARES

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou, nesta semana, o lançamento do primeiro dos 24 Institutos Senai de Inovação (ISIs). Instalado em Curitiba (PR), o instituto foi classificado pelo diretor nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, como o primeiro passo para a realização de um sonho.

OS ISIs atenderão a demandas de companhias de todos os portes. Cada ISI será focado numa área de atuação. O da capital paranaense fará pesquisas em eletroquímica. A estrutura conta com 36 equipamentos avaliados em R$ 8 milhões. De acordo com Lucchesi, a rede de laboratórios vai agregar valor aos serviços da indústria, diminuindo o déficit na balança comercial avaliado em R$ 30 bilhões.

“A inovação é o principal fator de produtividade. Importamos muito e o que exportamos é [produto] de baixa tecnologia. É importante que cérebros brasileiros desenvolvam competências para empresas brasileiras”, explicou Lucchesi.

O ISI em eletroquímica poderá ser demandando por grupos empresariais, indústrias e pesquisadores empreendedores. As propostas passarão por uma análise de viabilidade. A princípio cinco profissionais do Senai do Paraná cuidarão dos estudos. Até 2015, o corpo de especialistas deverá ter 12 pesquisadores.

Cada projeto poderá ter equipes complementadas por pesquisadores de universidades e das próprias indústrias. Na opinião do pesquisador na área de desenvolvimento de novos materiais Nério Vicente Junior poucos laboratórios no País contam com a estrutura do ISI do Senai-PR.

“Temos um laboratório que vai da síntese de matéria, passa pelas análises eletroquímicas e vai até as análises de imagem e eletroscopia microeletrônica. Conseguimos fechar todo um ciclo de pesquisas em novos materiais. Podemos tanto criar novos produtos como solucionar problemas nas indústrias”, detalhou Nério.

O estado do Paraná conta com 345 empresas de eletroquímica, sendo 211 de médio e pequeno porte, que atendem companhias de diversos setores, como auto-peças e eletrodomésticos. O especialista em eletroquímica Edward Borgo aponta que o Insituto Senai de Inovação atenderá a uma demanda de profissionais e equipamentos de todo o estado.

“O estado do Paraná é essencialmente acadêmico. Temos pessoas qualificadas, mas ainda não temos a expertise em se trabalhar com eletroquímica. O nível das empresas paranaenses em eletroquímica é horrível. Os melhores profissionais que temos são trazidos de outros estados e países”, alertou Borgo.

O ISI em eletroquímica está instalado no Campus da Indústria, local de uma das sedes da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A ideia é que o instituto aproxime os centros de pesquisa e de desenvolvimento industrial que estão num raio de 2,5 quilômetros do Campus. Apesar estarem próximas geograficamente, elas atuavam de forma isolada.

Tecnologias

O instituto vai oferecer uma análise rápida sobre a qualidade da água ou do leite. O equipamento poderá analisar e determinar a qualidade de uma determinada amostra de bebida. Os estudos também serão feitos para criar novos materiais capazes de combater a corrosão tanto em equipamentos industriais como também em produtos para o consumidor como eletrodomésticos.

Um dos objetivos fazer do Instituto Senai de Inovação em eletroquímica uma das unidades credenciadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Em dezembro, será lançado um edital para selecionar até sete unidades Embrapii.

As escolhidas receberão recursos para captar clientes na indústria para o desenvolvimento de projetos inovadores. Podem se candidatar instituições de ciência e tecnologia (ICTs) de todas as áreas do conhecimento.


Instituto Senai de Inovação almeja ser unidade Embrapii

ESCRITO POR FELIPE LINHARES

O Instituto Senai de Inovação (ISI) em eletroquímica se prepara para se credenciar com uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A informação foi confirmada pelo diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná (Senai-PR), Marco Secco.

“Ser uma unidade Embrapii significa ter recursos para aplicar de forma direta, rápida e descomplicada em projetos inovadores”, avaliou Secco. O ISI da capital paranaense foi o primeiro de 25 institutos do Senai a ser inaugurado até o fim de 2014. A estrutura do local conta com 36 equipamentos avaliados em R$ 8 milhões.

A Embrapii lançará, em dezembro, um edital para selecionar novas unidades. As escolhidas receberão recursos para captar clientes na indústria para o desenvolvimento de projetos inovadores. Podem se candidatar instituições de ciência e tecnologia (ICTs) de todas as áreas do conhecimento.Sete ICTs devem ser credenciadas nessa primeira chamada.

A principal característica do ISI e das unidades Embrapii é aproximar a academia das empresas, promovendo a competitividade industrial por meio de projetos inovadores. “O Brasil sempre se preocupou em criar instituições para cobrir espaços. Há toda uma estrutura, mas há muros entre essas instituições que impedem que ocorra a inovação. Os ISIs e a Embrapii são entidades britadeiras que quebrarão muros.” afirmou o diretor-presidente da Embrapii, João Fernando de Oliveira.

Unidades Embrapii e ISIs vão operar na fase pré-competitiva do processo de inovação, uma etapa de alto risco e sem garantias, mas que é decisiva para o desenvolvimento tecnológico da indústria. O Instituto Senai de Inovação também ajudará na formação de recursos humanos em pesquisa aplicada na área industrial e vão estimular o empreendedorismo inovador.

De acordo com o gerente executivo do Senai, Filipe Cassapo, as portas do instituto estão abertas para empresas de todos os portes de todo o Brasil. “Essa iniciativa está aberta a toda empresa que esteja interessada em aprofundar sua produtividade graças à pesquisa. A inovação é a chave do desenvolvimento sustentável e sabemos que as empresas de todos os portes precisam interagir com os centros de pesquisa aplicada para elevar a sua capacidade competitiva nos negócios”, destacou Cassapo.

Sobre os ISIs

Vinte e três ISIs já tiveram seus projetos aprovados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Eles atendem oito áreas consideradas prioritárias para indústria (veja no quadro abaizo 24 ISIs e suas áreas de atuação). Ainda há um instituto em fase final de negociação. A instalação deles custará R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Os Institutos Senai de Inovação fazem parte do Programa Senai de Apoio à Competitividade na Indústria lançado em 2012 pela CNI. Os ISIs vão atuar em rede para associar tecnologias capazes de gerar novos produtos ou processos para as companhias. Essa rede é composta ainda de 63 Institutos Senai de Tecnologia (ISTs) que trabalham com tecnologias já dominadas.
Eletroquímica

O ISI de Curitiba irá fazer pesquisas em eletroquímica. Essa área do conhecimento é considerada abrangente e transversal. Ela permite a busca da competitividade pelos mais diversos segmentos da indústria por meio a inovação. De acordo com o gerente executivo do Senai, Filipe Cassapo, o ambiente criado pelas indústrias que atuam no Paraná foi levado em consideração para a escolha da eletroquímica como campo de atuação do instituto.

O Paraná conta com 345 empresas de eletroquímica, sendo 211 de médio e pequeno porte, que atendem companhias de diversos setores, como auto-peças e eletrodomésticos. O levantamento foi feito Associação Paranaense de Empresas de Tratamento de Superfície (Apets) aponta que o conhecimento técnico das empresas de eletroquímica são baixos.

Editor-Chefe: Prof. Eduardo Siqueira Brick
Portal do UFFDEFESA. 

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