Em assembleia geral realizada em 22/05/2015 em Porto Alegre, RS, durante a realização do Encontro Nacional dos Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (ENCEP), a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) aprovou proposta do UFFDEFESA, do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, para a inclusão de Logística de Defesa como uma das sub áreas de conhecimento da Engenharia de Produção.
Logística de Defesa, após 22/05/2015, passou a ser uma das sub áreas de conhecimento da área de Logística da Engenharia de Produção.
Essa decisão foi a culminação de um processo de convencimento da comunidade de engenheiros de produção que se inciou com apresentação feita durante o XXXIV ENEGEP, em Curitiba, PR em 2014.
Essa decisão da ABEPRO é de importância estratégica não só para a ABEPRO, mas principalmente para o Brasil.
Conforme o UFFDEFESA tem reiterado, em todas as ocasiões em que é solicitado a se manifestar sobre o tema defesa, talvez um dos maiores problemas que tenham que ser enfrentados para que o Brasil possa dispor de uma logística de defesa à altura de suas necessidades, é a inexistência de instituições adequadas e de um corpo de profissionais nas quantidades e com as qualificações necessárias para gerenciar os processos de aquisição e desenvolvimento de produtos e tecnologias de defesa e, também, com competência para gerir o próprio desenvolvimento e sustentação da Base Logística de Defesa.
Com relação a esse ponto, não há dúvidas de que a definição dos requisitos de qualificação para os profissionais que serão contratados no futuro para preencher as vagas de Especialistas de Defesa, carrreira prevista na END, pode ser considerada como a decisão mais importante a ser tomada para o setor de defesa.
O UFFDEFESA tem publicado textos que discutem o que está em jogo e informam as iniciativas que vêm sendo empreendidas pelos Ministérios da Defesa (MD) e de Educação, além da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Espera-se, com essa decisão da ABEPRO, que os órgãos de fomento de ensino e pesquisa e o próprio MD passem a olhar os engenheiros de produção como peças-chave na composição do futuro Corpo de Civis Especialistas de Defesa.
Isso porque talvez mais do 99 % das atividades desenvolvidas no Ministério da Defesa, tanto em tempo de paz, como em tempos de guerra, são atividades de logística de defesa.
Como essas atividades demandam profissionais com qualificações muito próximas das oferecidas pela engenharia de produção, surpreende que esse tipo de formação ainda não tenha sido priorizado no âmbito do MD para qualificar tanto militares quanto civis envolvidos com logística de defesa.
Espera-se que essa decisão da ABEPRO, explicitando Logística de Defesa como um das áreas de conhecimento da Engenharia de Produção, venha a desempenhar um papel relevante na mudança dessa situação.