É sabido que os recursos estratégicos da defesa de qualquer país são suas Forças Armadas (FFAA), sua Base Logística de Defesa (BLD) e o orçamento de defesa, que tem como finalidade desenvolver e sustentar os dois primeiros.
Em particular, a percela do orçamento dedicada ao desenvolvimento de tecnologias e produtos de defesa e à aquisição de bens de capital para defesa, é parâmetro fundamental para o desenvolvimento e sustentação da BLD.
Dessa forma, desenvolvimento e sustentação da BLD não podem ser dissociados das práticas e processos para aquisição de sistemas de defesa e para a inovação para a defesa.
Países que possuem BLD relevantes, capazes de suprir suas Forças Armadas com expressiva parcela de suas necessidades, dedicam mais de 20% de seus orçamentos de defesa para aquisições e desenvolvimentos. Esses números podem chegar a cifras de 40 a 50 % do orçamento.
A Índia, que possui avantajada BLD, mas que ainda é considerada insuficiente para suas necessidades, vem há alguns anos promovendo frequentes reformas nos seus processos de aquisição.
A mais recente iniciativa nesse sentido acaba de ser divulgada.
Trata-se do Relatório do Committee of Experts for Amendment to DPP-2013 Including formulation of policy framework.
Obs: DPP = Defence Procurement Procedure
Este relatório foi analisado e comentado pelo pesquisador do Institute of Defense Studies and Analysis (IDSA), Laxman Kumar Behera.
‘Make in India’ in Defence Sector: An Overview of the Dhirendra Singh Committee Report.
É importante destacar que no Ministério da Defesa da Índia as funções de operações militares (as FFAA)e as de logística de defesa estão completamente separadas.
A logística de defesa da Índia está sob a responsabilidade de dois departamentos distintos e independentes das FFAA (Department of Defence – DoD) :
Department of Defence Production (DDP), que cuida da manufatura de produtos e sistemas de defesa, e a Defence Research and Development Organisation (DRDO), que cuida de CT&I.