Acadêmico da Academia Nacional de Engenharia (ANE) elaborou, depois de extensos e intensos debates, que duraram mais de um ano, com participação de profissionais militares e civis da própria ANE e externos, com larga experiência em defesa, indústria e inovação, documento apresentando um conjunto de sugestões que implicam em profundas modificações na estrutura atual do Ministério da Defesa.
Esse documento foi concebido para oferecer as sugestões de alguns membros da ANE para a próxima revisão da Política (PND) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Basicamente ele propõe que se faça uma separação das responsabilidades referentes a operações militares das de aparelhamento das Forças Armadas.
As Forças Armadas permaneceriam com suas atribuições pela definição de suas necessidades de meios (mas na forma de requisitos e não de produtos) e pelo planejamento e realização de operações militares.
Entretanto, como já é pratica na maioria dos países com regimes democráticos e com relevante capacidade industrial e de CT&I, as atividades de logística de defesa, principalmente as relacionadas à especificação e desenvolvimentos de produtos e tecnologias para defesa, aquisição de produtos e sistemas de defesa e de desenvolvimento e sustentação de uma capacidade industrial autoctone capaz de provê-los, seriam atribuidas a uma nova instituição militar, no mesmo nível das atuais Forças Armadas e subordinada diretamente ao ministro da Defesa.
A atual Secretaria de Produtos de Defesa ficaria com responsabilidade apenas pelo assessoramento político ao Ministro em assuntos relacionados a orçamento, planejamento estrategico, interface com o Congresso e definição de objetivos para a nova instituição.