No dia 21 de julho de 2017 o Presidente Donald Trump assinou Ordem Executiva determinando amplo estudo para avaliar e fortalecer a a base industrial de defesa e a resiliência da cadeia de suprimentos para defesa dos EUA.
Link para Ordem Executiva do Presidente Trump no site do Governo dos EUA.
Cópia pdf disponível no Portal do UFFDEFESA.
Medida ainda mais abrangente do que essa se mostra urgente para o Brasil, tendo em vista o estado de desagregação em que se encontra a Base Industrial de Defesa Brasileira.
Mas nenhuma medida será efetiva enquanto persistir a atual estrutura do Ministério da Defesa, que, ao contrário de países como França, Reino Unido, Índia, Canadá, Alemanha e Suécia (citados porque possuem fortes bases industriais para a defesa e têm porte equivalente ao Brasil), não possui um órgão independente com responsabilidade pelo desenvolvimento e aquisições de produtos e sistemas de defesa e, também, por políticas industriais e de CT&I destinadas a desenvolver e sustentar a Base Industrial de Defesa do país. O que existe hoje é uma pulverização de recursos por inúmeras autoridades de alto escalão, espalhadas pelo MD, as três Forças Armadas, MDIC, MICTIC, BNDES e FINEP.
Para se ter uma ideia, só nas FFAA existem mais de 10 oficiais generais de 4 estrelas com autoridade e responsablidade sobre aquisições, desenvolvimentos a a base industrial de defesa. É impossível se ter uma política industrial e tecnológica coerente para a defesa com essa estrutura. Os países citados já descobriram por experiência própria essa impossibilidade há algum tempo e modificaram as estruturas de seus MD, concentrando essas atividades em um único órgão, não subordinado às FFAA. Essa medida é essencial não só por motivo de eficácia, mas também por uma questão de eficiência, pois a dispersão de recursos por inúmeras autoridades para resolver o mesmo problema leva à multiplicação de estruturas e, inexoravelmente, ao desperdício dos parcos recursos no orçamento de defesa.
Em um momento em que se constata que o Estado Brasileiro necessita urgentemente de uma reforma para se adequar às possibilidades financeiras da Nação, claramente ultrapassadas pelo seu gigantismo e ineficiência atuais, uma medida dessa natureza seria extremamante benéfica para a defesa porque liberaria recursos para desenvolver as capacidades de combate e industriais tecnológicas, necessárias e essenciais para a defesa do país.