A autora busca explorar o que se pode aprender com o missões do passado – como o Programa Apollo – e como aplicar essas lições para os desafios mais complexos de hoje.
Uma lição chave é que as missões devem ser ambiciosas, ativando a inovação em todos os setores, entre atores e em todas as disciplinas. Elas também deve permitir soluções de baixo para cima e experimentação. O relatório sugere que possíveis futuras missões na UE poderiam ser semelhantes.
O trabalho apresenta um contraponto à frustada tentativa do Governo Dilma Roussef, com o Programa INOVA, para alavancar inovação em áreas estratégicas com massivos investimentos governamentais usando recursos do BNDES e FINEP. No caso do INOVA Defesa, apesar de recomendação expressa por parte de membro do UFFDEFESA que participou do programa, o PAED – Plano de Articulação e Equipamento de Defesa, foi completamente ignorado. Ao final, apesar de demandas aprovadas que superaram 8 bilhões de reais, apenas cerca de 10% foram implementadas, porque o Ministério da Defesa não deu seu aval para os projetos selecionados. Ou seja, o programa foi concebido sem levar em consideração as reais necessidades das Forças Armadas. Essa é uma forte evidência de que a falta de um responsável único pela logística de defesa no Brasil conduz inexoravelmente à ineficácia das ações e enormes desperdícios.
Portanto, as sugestões de Mazzucato para a Comunidade Europeia podem também ser muito úteis para o Brasil.