O país se aproxima mais uma vez de uma importante eleição presidencial e para parcela significativa do legislativo federal, que pode definir o seu destino, sem que o tema defesa mereça qualquer atenção dos candidatos e dos políticos em geral.
Por este motivo este Informe abordará o tema Gestão Estratégica da Defesa, que deve se entendido como o processo, de alto nível na estrutura do Estado, para criação e sustentação de capacidades militares em tempo de paz. Ou seja, o macroprocesso da Logística de Defesa.
Por capacidades militares deve-se entender as capacidades operacionais de combate e de logística de operações associadas (transporte, abastecimento, manutenção, saúde aquartelamento, etc.) e, também, capacidades industriais e de inovação, que são essenciais para a moderna guerra, altamente baseada em altas tecnologias, segundo a definição da OCDE.
Este processo deve definir as responsabilidades e autoridade dos varios atores envolvidos, tais como parlamentares, militares, profissionais de logística de defesa (civis e militares) e profissionais de relações internacionais. O seu resultado final deve se refletir em um orçamento de defesa plurianual (realista e não fictício, como acontece hoje no Brasil) para o aparelhamento dos meios de defesa que o país precisará para enfrentar ameaças em um horizonte de tempo de 10 a 30 anos.
O primeiro aspecto a merecer atenção é o dos recursos humanos qualificados, sem os quais este macroprocesso não pode ser realizado.
Uma questão muito relevante é qual deve ser o perfil da maioria dos profissionais civis e militares envolvidos. Ou seja, qual o perfil prioritário para os civis no âmbito do Ministério da Defesa.
Este tema mereceu matéria do Portal UFFDEFESA em 2014 que permanece absolutamente atual.
Também merece menção, trabalho preparado por cerca de 30 especialistas da área de defesa dos EUA para o Senado americano.
O outro aspecto fundamental refere-se às instituições adequadas a gerir este macroprocesso de preparo da defesa em tempos de paz. Inumeros países passaram por grandes reformulações recentes de suas estruturas de defesa e outros estão questionando as estruturas existentes para dar conta dos desafios desse complexo e vital processo. O que tem motivado essas reformas são o custo crescentes dos modernos meios de defesa e as crescentes restrições orçamentárias:
No Brasil, trabalho recente de alguns membros da Academia Nacional de Engenharia (ANE), apresenta uma proposta para ser debatida e que suscita importantes questões para a realidade brasileira.
Finalmente, estudos recentes da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) apontam desafios e propõem medidas para o desenvolvimento e sustentação das capacidades industrial e de Inovação Brasileiras.
Estudos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) mostram a involução e a situação atual da indústria brasileira.
Mudanças Estruturais na Indústria.
Estudo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aborda os desafios da implantação da Indústria 4.0 no Brasil.