Prezados assinantes, este informe trata apenas de um assunto que, pela sua relevãncia para a defesa nacional, em particular para a logística de defesa, merece grande destaque.
O Ministério da Defesa promoverá ainda em 2016 uma revisão dos três documentos que regem a política de defesa do Brasil:
a) A Política Nacional de Defesa (PMD);
b) A Estratégia Nacional de Defesa (END); e
c) O Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN).
Consoante com o que prega a versão atual da END, o MD solicita a participação da sociedade nesse processo de revisão.
Atendendo a esse chamado, a Academia Nacional de Engenharia (ANE) – elaborou, durante mais de um ano de intenso trabalho, um documento que apresenta sugestões que implicam em grandes mudanças estruturais no Ministério da Defesa e nas prioridades para uso do orçamento federal para fins de defesa.
Essas mudanças constituem condição necessária para que o Brasil possa desenvolver e sustentar uma capacidade industrial capaz de prover os meios de defesa que o país necessita, em um cenário de acelerado desenvolvimento tecnológico, elevação de custos unitários de sistemas de defesa, aliada à sua precoce obsolescência.
Participaram desse trabalho uma grande quantidade de acadêmicos de engenharia, de origem militar e civil, além de ilustres engenheiros militares e civis de fora da ANE, assim como profissionais da indústria, academia, instituições de ciência e tecnologia e setor diplomático.
Nesse período foram realizados dois eventos abertos ao público, um na PUC/RJ e outro na ESG, em que as ideias foram apresentadas e debatidas.
O documento contou com a aprovação de expressiva maioria dos acadêmicos de engenharia que, de uma forma ou de outra, participaram de sua elaboração, ou acompanharam as discussões (Em cerca de 40 acadêmicos envolvidos, apenas 2 se manifestaram frontalmente contra as propostas).
Certamente as propostas são polêmicas no nosso país, embora estejam de acordo com a experiência internacional de organização da defesa mais bem sucedida, e existirão opiniões contra e a favor. Mas, o importante é que ele seja um ponto de partida para um debate substantivo sobre como organizar a defesa do Brasil e quais as prioridades para o uso do orçamento federal dedicado a defesa, desenvolvimento industrial e CT&I para fins de defesa.
O documento elaborado pela ANE pode ser acessado pelo link abaixo:
Engenharia e Defesa – Uma Visão de Acadêmicos de Engenharia.