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Teses de Doutorado
Salvador, G. R. Sistemática geral e projeto de força: segurança, relações internacionais e tecnologia. Tese de doutorado em Engenharia de Produção. UFRJ, 2000..

Este trabalho propõe uma sistemática teórica para o projeto de capacidades bélicas. Para isso, desenvolve dois constructos baseados em uma ordenação significativa de proposições e seus inter-relacionamentos. O primeiro é um modelo lógico dos elementos essenciais abstraídos dos sistemas de defesa. O segundo é uma moldura de referência conceitual para o desenvolvimento de cenários. Baseado nesses constructos, este trabalho propõe uma metodologia de projeto de força.

 

  tese salvador raza

Brustolin, V. M. INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO VIA DEFESA NACIONAL NOS EUA E NO BRASIL. Tese de doutorado. Instituto de Economia.UFRJ. 2014.

Neste estudo são analisadas as práticas de geração e aquisição de tecnologias de Defesa nos Estados Unidos (EUA) e no Brasil. O primeiro objetivo é elucidar os processos adotados por ambos os países, a fim de tecer conclusões que possam beneficiar a geração própria de ciência e tecnologias, sobretudo de uso dual (tanto civil, quanto militar) no Brasil. O segundo objetivo é propor um modelo de geração de ciência e tecnologia via Defesa Nacional para o Brasil, respeitando a história do País e os seus objetivos, expressos na Estratégia Nacional de Defesa e na Política Nacional de Defesa. O recorte se dá do advento da Segunda Guerra Mundial (1º de setembro de 1939) até a atualidade. A metodologia empregada é de revisão da literatura acadêmica, análise das práticas de geração de tecnologias baseadas em Defesa, comparação de dados orçamentários e verificação de processos de aquisição em ambos os países. Nas conclusões é proposto um modelo para produzir inovações de uso dual no Brasil, a partir da cooperação governamental2militar com indústrias e universidades. A pesquisa referente ao Brasil foi conduzida na Universidade Federal do Rio de Janeiro e a concernente aos Estados Unidos foi produzida na Universidade Harvard (através de bolsa de estudos do governo do Brasil/Capes e da Fundação Lemann).

 

  Tese Vitélio Brustolin

FERRARI, O. Fatores de influência na definição de modalidades de contratos em projetos. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011

Estuda o problema de definir qual o tipo de contrato é mais adequado a projetos com diferentes características.

 

  Tese_Onevair_Ferrari_USP_ Tipos de contratos

FREITAS, J. E. F. O SISTEMA DE INOVAÇÃO NO SETOR DE DEFESA NO BRASIL: PROPOSTA DE UMA METODOLOGIA DE NÁLISE PROSPECTIVA E SEUS POSSÍVEIS CENÁRIOS. Tese (Doutorado em Administração). Universidade de Brasília.Brasília, DF, 2012.

Este é um trabalho sobre estudos do futuro e gestão da ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Em particular, desenvolveu-se uma metodologia de análise prospectiva para o setor de defesa no Brasil, a fim de apoiar o Estado na definição de prioridades em Pesquisa e Desenvolvimento de interesse da defesa. A pesquisa de campo realizada, ao longo de quatro anos, contou com a participação de quase 2.000 (dois mil) respondentes, das mais diversas áreas da sociedade, em três eixos distintos: sistemas e materiais de emprego militar; tecnologias; e indústria de defesa. Foram estudados e comparados os processos de análise prospectiva em defesa de seis países: Holanda, França, Reino Unido, Estados Unidos da América, Espanha e África do Sul. O setor de defesa brasileiro foi também analisado. Como um subproduto da pesquisa, desenvolveu-se uma ferramenta denominada Matriz de Análise de Cenários (MAC). Essa ferramenta MAC possibilita uma análise muito mais abrangente dos cenários prospectivos, e pode ser empregada em qualquer tipo de setor. Por fim, utilizou-se a própria ferramenta MAC para analisar os cenários do setor de defesa no Brasil em 2030.

 

  Tese Jose Eduardo Freitas_UNB_prospecção tecnologica para defesa

Leske, A.D.C. INOVAÇÃO E POLÍTICAS NA INDÚSTRIA DE DEFESA BRASILEIRA. Tese (Doutorado em Economia). Instituto de Economia. UFRJ. 2013

Ao assumir que o processo produtivo e inovativo das empresas inseridas na indústria de defesa poderia ser observado utilizando a abordagem sistêmica, foi possível montar um ‘mosaico’ com os principais contornos do sistema de inovação em defesa no Brasil. Nesta perspectiva, o presente trabalho endossa que o atual ‘Estado da Arte’ deve servir de norte para aprofundamento de estudos que tenham como tema a indústria de defesa brasileira. Esta mantém relação estreita com a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e é tida como geradora de potenciais transbordamentos para outras áreas, sendo estimulada em muitos países, dentre eles, os pertencentes ao BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A década de 1990 foi difícil para este setor industrial, uma vez que teve de lidar com a redução das compras externas e das efetuadas pelo governo nacional. Nesse mesmo período, muitas empresas decretaram falência, algumas foram adquiridas por grandes empresas até mesmo de outros setores e uma outra grande parte focaram na produção para o mercado civil. Com a chegada dos anos 2000, o Brasil inicia debates e propostas de ações para revitalizar a indústria de defesa, com destaque, em 2008, para a Estratégia Nacional de Defesa (END) e a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Diante a pesquisa empírica realizada neste trabalho, observa-se que as empresas da amostra podem ser identificadas como direcionadas para o mercado civil, com possibilidades de crescimento do fornecimento para as Forças Armadas e de exportação dos produtos de defesa, pois já possuem participação do mercado externo nas suas vendas. O potencial inovador pode ser ampliado com aumento das interações e parcerias com outras empresas e institutos de pesquisa e com o apoio público para incentivos e financiamentos.

 

  ariela_leske

Silva Jr., A.B.V. EXPLORANDO O PAPEL DA COMPLEXIDADE NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS: UM NOVO ESPAÇO DE OPORTUNIDADES. Tese de doutorado em Engenharia de produção. UFF. 2015

Neste trabalho propõe-se avaliar a adequação das melhores práticas de gerenciamento de projetos para enfrentar os desafios da complexidade no mundo corporativo, propondo uma evolução em sua aplicação. Este estudo também avalia criticamente o estado-da-prática em gerenciamento de projetos, adotando como quadro conceitual inicial (QCI) a Norma ISO 21.500, e propõe o alargamento das fronteiras do conhecimento nesta área.

 

  Tese formatada Aloysio ViannaFinal (1)

Gomes, M.G.M. MÉTODO PARA A OBTENÇÃO DE PADRÕES DE MEDIDAS DE DESEMPENHO DE UNIDADES DA FORÇA TERRESTRE. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2001

Esta tese apresenta o arcabouço conceitual e uma proposta de método para a definição e aplicação de padrões de medidas do desempenho de unidades da Força Terrestre, que constituem o cerne de seu pleito de originalidade. Oferece, em termos pragmáticos, uma ferramenta capaz de utilizar os recursos de captação de dados de modernos centros de treinamento para diagnosticar a capacidade de combate de unidades militares em tempos de paz.
O campo de avaliação militar carece de um estrutura conceitual mais sólida e a tese aponta a vigência de um estado em que falta padronização conceitual nos trabalhos publicados compulsados em extensa pesquisa bibliográfica (Bibliotecas e livrarias, UMI Dissertation Abstracts, NTIS, Rand, International Test and Evaluation Association).
Assim, a tese apresenta uma construção que pleiteio seja original do conceito de desempenho.

 

  mosqueira

Correa, F.G. POLÍTICAS & AQUISIÇÕES DE DEFESA: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DA PARCERIA ESTRATÉGICA FRANÇA-BRASIL NOS SÉCULOS XX E XXI. Tese de doutorado em Ciência Política. UFF, 2016.

Esta pesquisa tem por objetivo analisar as relações históricas entre França e Brasil na área de Defesa, desde as missões de instrução, aquisição de blindados até a entrada do Brasil nas eras supersônica, missilística e de asas rotativas, e, por meio de estudos de caso, esclarecer em que momento da história estas relações se configuraram como parceria estratégica. Considera-se nesta pesquisa a transferência de tecnologia um processo político tratado entre Estados como parte do desenvolvimento autônomo de programas estratégicos nacionais de defesa de longo prazo. Sustenta-se que a parceria estratégica entre França e Brasil por meio da transferência de tecnologia para programas estratégicos de defesa e os offsets, ademais de serem parte da Grande Estratégia da França, contribuirão para distribuir capacidades e exercer maior projeção política no sistema internacional.

 

  TESE DE DOUTORADO – FERNANDA CORRÊA – SETEMBRO 2016 – VERSÃO DE DEPÓSITO

SILVA. P. F. A política industrial de defesa no Brasil (1999-2014): intersetorialidade e dinâmica de seus principais atores. 2015. 448 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Relações Internacionais, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

O tema desta pesquisa é a política industrial de defesa brasileira. Seu objeto é a dinâmica dos mais importantes processos e atores na concepção e articulação dos principais projetos militares brasileiros, no contexto do entrelaçamento entre as políticas públicas de defesa, industrial, externa e de CT&I. Mais especificamente, o objetivo desta investigação interdisciplinar é explorar em que medida essa dinâmica entre processos e atores, incluindo seus mecanismos de coordenação e canais de interação, molda o perfil do conjunto dos principais projetos militares brasileiros. A hipótese a ser verificada é a de que, apesar dos avanços institucionais constatados desde a criação do Ministério da Defesa, ainda seria possível apontar desafios no que se refere à estruturação de seus mecanismos de coordenação, conduzindo a situações de ambiguidade em termos de direção política e de autonomia militar. Para tanto, o período analisado abrange desde o ano da criação do Ministério da Defesa (1999), até o término de coleta de material para este projeto (2014), coincidindo com o período de eleições presidenciais. Com base nos resultados alcançados, torna-se possível explorar as oscilações orçamentárias não apenas como causa, mas, sobretudo, como efeito dos problemas enfrentados na gestão desse portfólio de empreendimentos complexos, no quadro mais amplo do processo de amadurecimento do Ministério da Defesa.

 

  Peterson_Ferreira_Silva

AMBROS, C. C. BASE INDUSTRIAL DE DEFESA E ARRANJOS INSTITUCIONAIS: ÁFRICA DO SUL, AUSTRÁLIA E BRASIL EM PERSPECTIVA COMPARADA. Tese de Doutorado em Ciência Política. UFRGS, 2017

As mudanças no mercado global da indústria de defesa ocorridas nos últimos trinta anos impõem desafios significativos para o desenvolvimento e sustentação da uma base industrial de defesa nacional. Países como o Brasil, que se encontram em posições intermediárias da hierarquia internacional de produção de armamentos, enfrentam ainda mais constrangimentos, dado o chamado trilema de modernização da defesa.

A experiência de uma série de países intermediários vem mostrando que, apesar das dificuldades, é possível desenvolver estratégias eficientes para superar o trilema da modernização e desenvolver e sustentar a indústria de defesa nacional. O presente trabalho tem o objetivo de compreender as estratégias de desenvolvimento e sustentação da base industrial de defesa nacional, buscando identificar a relação entre três variáveis: a motivação política atribuída à indústria de defesa para a inserção estratégica internacional; os arranjos institucionais arquitetados para gerenciar e promover esta indústria específica; e a configuração do modelo de desenvolvimento e de sustentação da base industrial de defesa nacional. Com este intuito, comparamos estes conceitos em três casos de estudo: África do Sul, Austrália e Brasil. Desde o princípio dos anos 2000, o Brasil vem enfatizando a importância estratégica das indústrias de defesa e tem criado políticas específicas voltadas à articulação dos elementos necessários ao fortalecimento desta variável de poder internacional e de desenvolvimento tecnológico. As experiências de outros países podem auxiliar o Brasil a formular um modelo de desenvolvimento e sustentação da base industrial de defesa cada vez mais robusto, eficiente e adaptado aos desafios impostos por constrangimentos estruturais.

 

  Cristiano Ambros

Negrete, A.C.G. INDÚSTRIA NAVAL DE DEFESA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: UM ESTUDO DO SISTEMA DE INOVAÇÃO NAVAL MILITAR NO BRASIL. (Tese de Doutorado) Instituto de Economia, Universidade Federal do rio de Janeiro, 2017.

A presente tese de doutorado, intitulada “Indústria naval de defesa e inovação tecnológica: um estudo do sistema de inovação naval militar no Brasil”, teve como objetivo geral a análise do papel das empresas envolvidas na produção naval militar no desenvolvimento de capacidades de inovações relevantes para outros mercados civis. O estudo utilizou um enfoque sistêmico. Os objetivos específicos foram: (i) identificar as empresas que compõem o segmento naval da base industrial de defesa brasileira; (ii) descrever as instituições e organizações do sistema de inovação naval militar; (iii) apresentar as principais relações no processo de inovações entre os atores do sistema de inovação naval militar no Brasil; e (iv) identificar os obstáculos a serem superados e os pontos fortes a serem aprimorados para o incremento de suas capacidades de inovação, tornando-as relevantes para outros setores da economia. A pesquisa tem como marco teórico a abordagem sobre sistemas de inovação e utiliza como ferramentas os conceitos de tecnologias de uso-dual e efeitos de spin-off. O ponto de partida do trabalho foi uma revisão da literatura a partir de duas abordagens principais: a natureza sistêmica da inovação; e a demanda militar e as tecnologias de uso-dual e efeitos de spin-off. O estudo empírico teve como foco as empresas que compõem o segmento naval da base industrial de defesa brasileira. O estudo baseou-se em dados primário e secundários. Os dados secundários, coletados de diversas fontes de dados oficiais disponíveis no país, referem-se a base industrial de defesa mais ampla, enquanto os dados primários estreitaram a análise à medida que estavam concentrados em empresas mais especializadas na produção naval militar. Um dos instrumentos utilizados na coleta de dados primários foi a aplicação de questionário via web survey para as empresas identificadas no segmento naval da base industrial de defesa. O outro instrumento foi a realização de entrevistas semiestruturadas em cinco empresas consideradas âncoras do segmento e duas instituições de ciência e tecnologia. Os principais resultados da análise indicam a existência de uma base industrial de defesa composta principalmente por empresas cuja principal área de atividade está nos mercados civis. Isto poderia, em princípio, permitir que os incentivos derivados da produção militar gerassem capacidades relevantes para esses mercados civis. No entanto, essas firmas operam em setores muito distintos, com grande especialização em mercados civis, com o cliente militar aparecendo com atuação marginal em seu portfólio, e com baixa realização de inovação. Em contraste, existe um pequeno grupo de firmas especializadas na produção militar, mais ativas do ponto de vista de inovações, mas muito dependentes da demanda militar como motor para o desenvolvimento de inovações. Com isso, os incentivos derivados da demanda militar têm pouca chance de desenvolver a base tecnológica mais ampla do país. As sugestões de política para a solução desta situação serão objeto de investigação futura.

 

  ana_carolina_aguilera_negrete

Gordon, J.L.P.L Papel do Estado na Política de Inovação Brasileira 2007-2015: uma análise do uso dos principais instrumentos. Tese (Doutorado em Economia). Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2017

O objetivo da presente tese é analisar como o Estado brasileiro, a partir dos diferentes instrumentos de política pública existentes, procurou induzir as atividades de inovação no Brasil. Estuda-se como outros países têm estimulado o esforço inovativo, com foco na forma como os governos de EUA e Alemanha conduziram o fomento ao processo de inovação no setor produtivo desses países. Dessa maneira, obtém-se um referencial de como, em países desenvolvidos, o Estado atua para produzir um crescimento econômico puxado pela inovação. O trabalho também analisa quais têm sido os principais instrumentos de política pública utilizados pelo Estado brasileiro para induzir as atividades de inovação no Brasil. Responde-se à seguinte pergunta: quais instrumentos do lado da demanda e do lado da oferta foram utilizados no período de 2007 a 2015 para tentar contribuir com a capacidade de geração e indução de novas tecnologias endogenamente? Nota-se que o país utiliza predominantemente o instrumento de crédito com baixa aplicação de outros instrumentos do lado da oferta, como subvenção econômica. Além disso, instrumentos do lado da demanda, como compras públicas, são praticamente inexistentes. Analisam-se, em profundidade, duas das principais políticas de inovação no período de 2007 a 2015 a fim de detalhar os instrumentos alocados na estratégia de estímulo à inovação no período: a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e o Plano Inova Empresa. Assim, avaliam-se quais instrumentos foram utilizados, como foram implementados e como ocorreu o mix entre eles com base nessas políticas. Verifica-se que o governo brasileiro não tem tido ação estruturante no sentido de promover crescimento puxado pela inovação. Observa-se nítida evolução na elaboração das políticas, mas sua implementação, na prática, concentra-se em um único instrumento (recursos reembolsáveis), revelando atuação pouco estruturante do Estado. Nota-se, sobretudo, que não existe implementação de um mix de instrumentos de forma a diminuir não somente custos, mas também riscos inerentes ao processo inovativo, de forma que o estímulo à inovação torna-se menos efetivo. Por fim, analisa-se uma nova instituição – a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) – que tem a função de estimular a cooperação entre empresas e instituições de ciência e tecnologia (ICT) e tem conseguido realizar a interação entre esses dois agentes do Sistema Nacional de Inovação (SNI).

 

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Castelli, J. R. A TRAJETÓRIA DEPENDENTE DA POLÍTICA DE INOVAÇÃO BRASILEIRA (1995-2012): HÁBITOS DE PENSAMENTO E ENRAIZAMENTO INSTITUCIONAL. Tese (Doutorado em Economia). Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 201

O papel da inovação tecnológica no processo de crescimento econômico tem sido enfatizado pela teoria econômica desde Adam Smith, Karl Marx e Joseph Schumpeter, sendo trazido de volta ao debate pelas contribuições das teorias evolucionárias neo-schumpeteriana e institucionalista. De tal maneira que no período recente construiu-se a noção de que para fomentar o crescimento econômico seria necessário que o Estado implementasse políticas públicas a fim de estimular a inovação tecnológica. Estas políticas, por sua vez, podem assumir diferentes formas, onde os modelos mais difundidos são o linear e o sistêmico. Como o primeiro modelo define etapas a serem seguidas, assim como metas claras, elevação dos gastos em P&D, ele se difundiu e influenciou a construção de políticas de inovação ao redor do mundo. Neste sentido, durante os anos de 1995 a 2012, o Estado brasileiro construiu um aparato institucional e pôs em marcha um conjunto de políticas de inovação a fim de reduzir a brecha existente entre a indústria local e dos países desenvolvidos. Sem embargo, a despeito do esforço empreendido a política de inovação nacional não foi capaz de mudar a estrutura produtiva brasileira. Destarte, o objetivo desta tese é analisar, a partir de uma ótica evolucionária, a natureza da política de inovação praticada no Brasil entre os anos de 1995 e 2012, e com isso tentar compreender o porquê de ela não ter sido capaz de impulsionar o desenvolvimento tecnológico do País. Argumenta-se que isso se deu por a política de inovação ter enraizado em seu cerne o modelo linear de inovação, causando, consequentemente uma trajetória dependente difícil de ser alterada. Esse enraizamento se dá não só dentro do Estado, mas também nos hábitos de pensamento do grande empresariado industrial, que entende a instrumentalização da política de inovação por uma lógica linear, enfatizando meramente gastos em P&D. Como esse grupo teve ao longo dos últimos anos influência na construção da política de inovação nacional, a partir da atuação de lideranças empresariais e de entidades representativas interagindo com o Estado, esse hábito de pensamento acabou por se refletir na construção da política de inovação.

 

  A_Trajetoria_Dependente_da_Politica_de_I

Editor-Chefe: Prof. Eduardo Siqueira Brick
Portal do UFFDEFESA. 

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